Donald Trump Retorna à Presidência dos EUA com Novo Governo Superconservador e Pro-Magnatas
- Diogenes Régis
- 20 de jan.
- 2 min de leitura
Donald Trump foi empossado nesta segunda-feira (20) como o 47º presidente dos Estados Unidos, iniciando um novo mandato com fôlego renovado após vencer as eleições de 2024 contra Kamala Harris. A cerimônia de posse ocorreu no Capitólio, marcando a volta de Trump à Casa Branca após quatro anos fora.

Primeiros Atos: Medidas Polêmicas e Favoráveis aos Aliados
Logo após sua posse, Trump deve assinar uma série de ordens executivas, retomando políticas controversas que marcaram seu primeiro mandato. Entre as medidas, destacam-se:
• Imigração: Declaração da imigração ilegal como emergência nacional, o que libera fundos para a construção do muro na fronteira com o México e permite prisões de imigrantes sem antecedentes criminais.
• Economia: Reformas tributárias que favorecem magnatas e grandes empresas, especialmente do Vale do Silício.
• Clima: Retirada dos EUA do Acordo de Paris e mudanças em regulações sobre energia e veículos elétricos.
Essas ações são vistas como uma “cortina de fumaça” para evitar resistência inicial às medidas econômicas mais profundas, segundo especialistas.
A Nova Configuração do Governo
Trump, agora mais experiente e independente, afastou-se da ala tradicional do Partido Republicano. Seu gabinete é composto por aliados ultraconservadores e magnatas da tecnologia, como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, que estiveram presentes na cerimônia.
De acordo com o professor Leonardo Trevisan, da ESPM, esta gestão será um “voo solo”, sem a presença de figuras moderadoras como no primeiro mandato. “Trump agora governa com lealdade e obediência como critérios principais”, explica o especialista.

Convidados e Aliados na Cerimônia
A posse também trouxe mudanças no protocolo diplomático. Trump convidou líderes ultraconservadores, como Javier Milei (Argentina), Giorgia Meloni (Itália) e Viktor Orbán (Hungria), além de políticos europeus anti-União Europeia, como Nigel Farage. Líderes como Vladimir Putin (Rússia) e Kim Jong-un (Coreia do Norte) ficaram de fora, enquanto Xi Jinping (China) enviou um representante.
No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu convite, mas foi impedido de comparecer devido à apreensão de seu passaporte. A embaixadora Maria Luiza Viotti representou o país.
Trajetória e Contexto Atual
Donald Trump retorna à Casa Branca ao lado de sua esposa, Melania, e com sua reputação fortalecida. Apesar de enfrentar processos judiciais até meses antes da eleição, sua vitória expressiva anulou os casos. Agora, Trump assume o cargo com apoio de uma base fiel e foco em consolidar um governo alinhado a seus interesses políticos e econômicos.

Sua posse reflete não apenas uma nova fase de sua carreira, mas também um teste para a democracia americana, que deve enfrentar desafios significativos nos próximos anos.





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