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Jovem perde movimentos após dor na nuca e luta para recuperar mobilidade

  • Foto do escritor: Rômulo Araujo
    Rômulo Araujo
  • 21 de jan.
  • 2 min de leitura

Pedro Marques, 24 anos, teve sua vida transformada após sofrer uma paralisia repentina do pescoço para baixo enquanto aguardava atendimento médico em Maringá, Paraná. Em abril de 2024, após sentir dores no ombro e na nuca, o jovem perdeu todos os movimentos do corpo devido a um hematoma epidural cervical espontâneo, condição extremamente rara que afeta uma em cada um milhão de pessoas.



Pedro Marques, de 24 anos, perdeu todos os movimentos do corpo
Pedro Marques, de 24 anos, perdeu todos os movimentos do corpo — Foto: Arquivo pessoal

O diagnóstico e a causa do problema


Pedro procurou um hospital após sentir dores leves, mas, enquanto era atendido, desmaiou e perdeu a capacidade de mover braços e pernas. Segundo o neurologista Gabriel Bortoli, um sangramento localizado entre a coluna e a medula espinhal pressionou a medula, interrompendo os sinais do cérebro para o corpo.



Sangramento se alojou entre a coluna e a medula e isso motivou a paralisia de Pedro
Sangramento se alojou entre a coluna e a medula e isso motivou a paralisia de Pedro — Foto: Jhonny Rosa/RPC

Apesar de todos os exames realizados, a origem do sangramento continua desconhecida, sendo classificada como idiopática, ou seja, sem causa específica.


Tratamento e recuperação gradual


Pedro passou por uma cirurgia delicada para remover 4,4 mililitros de sangue comprimido na medula. Após 85 dias internado na UTI, incluindo nove em coma induzido, ele recebeu alta, mas segue um longo processo de recuperação em casa.


Com ajuda de fisioterapia e equipamentos adaptados, Pedro começou a recuperar gradualmente a sensibilidade e movimentos. Atualmente, já consegue mexer alguns dedos e respira sem auxílio de aparelhos, o que representa um marco importante em sua reabilitação.


Além disso, ele está participando de terapias de neuromodulação, como a estimulação magnética transcraniana, que visa estimular o sistema nervoso para recuperar funções motoras.


Apoio familiar e força do amor


Pedro vive com os pais e a irmã, que adaptaram a casa para facilitar o tratamento. Ele também encontra apoio emocional em sua namorada, Ana Clara Dinardi. Antes do incidente, Pedro planejava pedi-la em casamento, e o momento foi carregado de emoção mesmo durante sua internação.


Enquanto estava em coma, Ana Clara encontrou a aliança guardada e prometeu esperar que ele a entregasse pessoalmente. O gesto fortaleceu ainda mais a relação do casal, servindo como motivação para Pedro superar as dificuldades.


Reflexão e esperança


Pedro compartilha sua história nas redes sociais, inspirando outras pessoas e alertando sobre condições de saúde raras. Apesar das dificuldades, ele se mostra resiliente e determinado a recuperar sua autonomia.


"Eu ainda não consigo aceitar tudo o que aconteceu, mas o apoio da minha família, da Ana e das pessoas nas redes sociais tem me ajudado muito. Hoje, estou mais tranquilo e focado na minha recuperação", concluiu.

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