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OMS alerta que corte de financiamento dos EUA a programa de HIV representa 'ameaça global'

  • Foto do escritor: Diogenes Régis
    Diogenes Régis
  • 28 de jan.
  • 2 min de leitura

A Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou a decisão do governo de Donald Trump de suspender o financiamento de programas de combate ao HIV, alertando que a medida pode gerar uma crise sanitária mundial. Segundo a entidade, a interrupção do apoio ao Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da AIDS (PEPFAR) ameaça a vida de mais de 30 milhões de pessoas que dependem desses programas para acesso a medicamentos essenciais.



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Impacto global e possível retrocesso


De acordo com a OMS, a medida pode levar ao aumento de novas infecções e mortes, revertendo décadas de progresso no combate ao HIV/AIDS. A organização comparou a possível crise sanitária ao cenário dos anos 1980 e 1990, quando milhões morriam anualmente devido à falta de tratamento adequado.


Com a suspensão do financiamento, os países beneficiados pelo PEPFAR foram instruídos a interromper a distribuição de medicamentos comprados com apoio dos EUA, mesmo que já estejam em estoque. Isso resultou no fechamento de clínicas e na suspensão de atendimentos, especialmente em países africanos, como África do Sul e Nigéria. Neste último, estima-se que a perda anual de US$ 390 milhões impactará diretamente os serviços de saúde.


Efeitos no Brasil


No Brasil, o PEPFAR desempenha um papel crucial no enfrentamento ao HIV, financiando iniciativas para ampliar o acesso a autotestes, fortalecer os sistemas de saúde e melhorar a profilaxia pré-exposição (PrEP). A interrupção do programa pode dificultar o diagnóstico precoce e comprometer a continuidade do tratamento de muitas pessoas.


O Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre os impactos da suspensão do financiamento no país.


Cenário do HIV no Brasil


Dados recentes mostram que cerca de um milhão de brasileiros vivem com HIV. Em 2023, o país registrou 46.495 novos casos, mas também teve a menor taxa de mortalidade por AIDS dos últimos 10 anos, com 10.338 óbitos. A faixa etária mais afetada pela doença é de 25 a 29 anos, seguida pelo grupo de 30 a 34 anos.


A OMS pediu ao governo dos EUA que reconsidere sua decisão e conceda isenções para garantir a continuidade do tratamento a milhões de pessoas ao redor do mundo.

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